Gestos com as mãos
Local: São Luís. A governadora Roseana Sarney explicando a barbárie nos presídios do Maranhão. Ao fundo o Ministro da Justiça.
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Gesto 01 – Apontar os dois dedos indicadores
Trata-se de um gesto que deveria ser evitado por todo orador, especialmente políticos. Evitado, pois é extremamente difícil de ser encarado como positivo.
Em muitas culturas apontar o dedo indicador para pessoas e até mesmo objetos é considerado falta de educação. Chega a ser altamente ofensivo e acusatório lançar o dedo indicador em direção a determinada pessoa.
Caso exista hierarquia social ou profissional entre as duas, este gesto toma a conotação de desafio. Pense você em uma reunião apontado o dedo de modo acusador para o chefe. O significado pode ser o mesmo que apontar uma arma engatilhada.
Apontar o dedo para o pai ou mãe é algo proibido em muitas culturas.
A intensidade do gesto em que ser avaliada de acordo com todo o gestual corporal. Quanto mais agressivo o gesto, mais a face estará em concordância, neste caso ela apresentar sinais de raiva, tensão, ruga da dificuldade etc. todo o corpo fica rígido, o dedo idem e parece existir um impulso do corpo para a pessoa que está sendo apontada (ou acusada).
A voz fica exaltada e existem pessoas que não falam nada, apenas balançam o dedo repetidamente com mais energia.
O polegar da mão acusatória se comprime de forma intensa no dedo médio.
Observe também a outra mão. A virulência aumenta se a mesma estiver fechada. Algumas vezes a mão fica em forma de garras, como se desejasse pegar e esmagar àquilo que o indicador aponta.
O gesto da governadora – Apontar os dois dedos
A interpretação está inserida no contexto acima, todavia que o sinal é muito mais claro e evidente.
Em outras palavras: o discurso já se perdeu, não existem mais arrazoados possíveis. O que se deseja é literalmente “ganhar no grito”, impor uma posição, mostrar que força, ou mais força que o adversário.
Existe a necessidade de chamar a atenção para si e não exatamente para o fato que está se discutindo, este parece que deve ficar em segundo plano. As atitudes corporais são mais importantes.
Como considera o debate perdido no campo das argumentações, deseja passar àquele estão ao seu redor e ao interlocutor uma posição enérgica, de capacidade energia e vontade acima da média.
Debatedores mais experientes conhecem bem este tipo de gesto e ao notarem que foi executado, facilmente vão colocar mais e melhores argumentos para que o adversário perca de vez a razão.
Normalmente a voz se altera e se eleva, falta muito pouco para perder a compostura.
Resumindo: gesto deselegante e totalmente desnecessário, pelo menos diante de plateias mais cultas.
O gesto no ministro – Mão na boca
Em artigo anterior já escrita sobre os gestos de autocontato.
Eles são indicativos confiáveis do estado de espírito da pessoa.
Cruzar os braços também é um sinal de conforto e uma barreira defensiva. Não tente convencer alguém que se posiciona assim, a pessoa está literalmente fechada para aquilo que o outro diz. A mesmo coisa ocorre quando o seu interlocutor cruza os calcanhares quando você faz a pergunta, a mensagem é “não concordo com o que você está dizendo”.
Nos estados de conflitos, estresse e indecisão, parece que nosso pescoço não vai mais conseguir segurar a cabeça, a mão no rosto, no queixo ou na testa, o dedo nos lábios (Morris) são o apoio que nos damos para superar o momento.
Cruzar os braços também é um sinal de conforto e uma barreira defensiva.
Mãos face
Quando os olhos estão tapados com as palmas das mãos, a pessoa quer se acalmar e o meio que faz para tal é não observar aquilo que acontece a sua frente. O gesto de desânimo diante da situação é ampliado quando ao mesmo tempo em que a pessoa tapa os olhos os cotovelos se apoiam na mesa, ou os braços servem como apoio a cabeça.
A interpretação é muito fácil. O ministro está totalmente desconfortável diante da situação. Não quero falar, literalmente está na defensiva.